Por Gabriel Gomes
Torcer é algo que não se aprende.
É um sentimento que é expelido em forma de gestos e gritos de positividade, que transformam a atmosfera em um mundo melhor e cheio de esperança.
Não refiro-me as organizadas!
Expressão singular em cada região do globo, a forma de torcer difere em cada país, cada cultura, cada time. Energia, violência, paixão, entrega, protesto, indignação e lealdade são elementos desse organismo vivo.
Comparecer ao estádio é algo sagrado! Respeite.
Ao longo da história, a arquibancada passou por uma mutação e a relação da humanidade com seu time de futebol evoluiu ao status de sobrenome e religião. É o tal do amor incondicional que exige nada em troca. Independente do contexto, o ingresso sempre tem lugar no orçamento sofrido.
Brasileiro não sabe o que é isso!
Nós somos o país do futebol. Não do apoio. Turcos e argentinos possuem este dom tatuados no seu DNA. Vá a um jogo do Boca ou do Fenerbahçe. Experimente essa sensação ao menos uma vez e entenderá a essência desse texto. Com muito orgulho e muito amor, o brasileiro cospe e pisa no seu time com sua irritante passividade e incredulidade.
Não existe mudança de atitude debaixo de vaias!
Graças a evolução, temos arenas modernas que transformam novamente a arquibancada, mas dessa vez trazendo um público que não sabe se comportar num estádio de futebol, mas tem saldo disponível para saque e o dedo preparado para o próximo selfie.
Se você nunca viu uma mesa redonda, fique em casa!
Precisamos resgatar a identidade do futebol brasileiro. Recuperar as tradições passa também por limpar esses palhaços que querem assistir ao jogo sentado em lugar numerado. Não quero aparecer no telão, quero de volta a geral e meu biscoito globo a dois reais.
Time e torcida são uma só unidade.
Concordo, sem tirar uma vírgula, mas ainda há esperanças! Viu a recepção da torcida do Brasil de Pelotas antes do jogo contra a Portuguesa? De arrepiar qualquer um!
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Obrigado pela leitura. Vou procurar agora algum registro desse jogo. Abços
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Torcer é como um teste. De paciência, amor, resistência… Uns dizem que não leva a nada “morrer” pelo time. Mas “morrer” por essa paixão, vale a pena.
Sinto como se 50% (estou sendo generosa) dos jogadores em campo no Brasil estão ali pelo salário. Entendo, pois, quem trabalha, merece seu ordenado. Porém estar entre as 4 linhas SOMENTE por ele, não transmite muita coisa. Só bola na rede, aquela alegria irradiante. Em fase ruim? Tchau! Tragam outro. Quero de novo os beijos na camisa e os urros de felicidade do Juninho abraçado ao Felipe, as danças do Edmundo, as combinadinhas dos meninos da Vila, piruetas do Cafu, socos no ar de Pelé… Tudo isso saindo do coração. O time sendo um time, toda aquela entrega… Se não quiser participar, tudo bem, então fique na sua: na sua casa, no seu canto, na sua respeitável solidão. Melhor uma ausência honesta do que uma presença desaforada.
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Querida Caroline, com toda a certeza o campo contagia a arquibancada. Estou com vc, futebol é uma fuga desse mundo quadrado em que vivemos.
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