Procura-se o Jogador Que Contratei!

Texto por: Victor Mesquita

Sabe aquele jogador, destaque no outro time e que seu clube resolveu contratar ? Aquele que chega com moral de craque e/ou grande revelação, tem todas as fichas investidas nele, mas na hora H não corresponde ?

Hoje, um caso evidente desse jogador é Marcelo Cirino.

O atacante de 23 anos, apesar da pouca idade, foi para o Flamengo com uma certa bagagem após a bela passagem pelo Atlético-PR entre 2009 e 2014, onde estourou em 2013, quando inclusive, enfrentou o próprio Flamengo na final da Copa do Brasil.

Rápido e habilidoso, destacava-se atuando como um winger (atacante veloz que atua pelas pontas do campo) no elenco do time Paranaense.

Quando no momento de sua contratação, não falava-se em outra coisa. Todos os canais esportivos o anunciavam como a melhor contratação de 2015. As expectativas criadas eram imensas!

Apesar do bom começo no Flamengo, com alguns gols na pré-temporada e no Campeonato Carioca, Marcelo não conseguiu manter a boa sequência de suas atuações. Uma queda brusca de rendimento, somado a lesões, fizeram com que toda a moral que o jogar tinha com a torcida, fosse convertida em desconfiança.

Se antes unânime, hoje, com a sombra de Guerrero e Emerson, torna-se um mero reserva que muitas vezes é até esquecido.

De fato, um agravante são os “ares” do Rio de Janeiro, cidade propícia para baladas de boleiros e clubes que não costumam ser incisivos no ato disciplinar. Assim, os jogadores se dispersam, entram numa zona de conforto e não dedicam suas atenções para o clube ao qual pertencem.

Como vários outros jogadores que passam pelo futebol Carioca, Marcelo é só mais 1 que vai se deixando levar pela fama e pelos ares boêmios. Segue superestimado e já pode ser considerado a grande decepção do ano.
Espera-se que o mesmo reconheça o mau momento, retome o foco e esteja determinado a dar a volta por cima. Afinal, cade aquele jogador do Atlético-PR que foi contratado ?

E você, caro leitor, quantos desse tipo de jogador, seu clube já teve ?

cirino 2

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7 respostas para Procura-se o Jogador Que Contratei!

  1. Caraca, Vitão, li seu texto salivando de vontade de comentar.

    Lembra da conversa que tivemos no inicio do ano?
    David Miranda, Caio Ribeiro e você davam como certa a camisa amarelinha nesse cara.
    Se recorda dessa discussão acalorada que tivemos?

    Eu alertei!
    “Calma, vocês estão avaliando um jogador em cima de jogos contra os possantes Tigres e Boavista. Devagar com o andor.”

    O tempo passou e ao que parece, Cirino amarelou antes de vestir a camisa da CBF.

    PS.: Estou esperando o mea-culpa de vocês. 😉

    Abraço;

    Valdez Gomes

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  3. Elaine disse:

    Eu sempre tive uma visão muito crítica com relação ao comportamento esportivo dos jogadores.

    O futebol, no Brasil, é o esporte que de longe movimenta a maior quantia de patrocinadores e bilheteria. É o esporte que tem mais visibilidade, mais prestígio e o maior incentivo social e político. Por outro lado, é o que contabiliza maior incidência de indisciplina e mal comportamento. E é por essas e outras que os jogadores de uma forma geral não possuem respeito de atleta diante da opinião pública, pois, de fato, não se comportam como tal.

    Atleta treina, atleta cumpre horário, atleta tem disciplina e, acima de tudo, o atleta em compromisso com o seu corpo. É o instrumento de trabalho dele e é nisso que o patrocinador investe quando paga uma grana pra ele ir para os campeonatos; pra que o corpo dele tenha rendimento o suficiente para garantir uma boa colocação. Isso serve pra qualquer modalidade.

    É fácil fazer essa comparação quando se pensa em outros esportes, que possuem pouco ou quase nenhum incentivo. Imagine um judoca, ou um nadador, por exemplo, com esse tipo de postura. Se o cara não tiver foco e disciplina não participa nem de uma competição no clube do bairro. O problema é que, ao que me parece, por conta da visibilidade e da estabilidade do futebol no Brasil, tudo é muito corruptível, inclusive o rendimento dos pseudo atletas. Depois que o sujeito ganha certa importância e notoriedade na mídia, ele começa a fazer seu trabalho “nas coxas” e a cobrança, quando existe, tem pouquíssimo efeito. Consequentemente o rendimento cai sobremaneira, e o resultado é essa aí que estamos vendo.

    É obvio que aqui eu estou generalizando, entendo que existem exceções nesse meio, mas não passam de exceções mesmo. Pra não deixar de citar, um cara que eu considero um exemplo de atleta no futebol é o Rogério Ceni. Sério, comprometido, sabe o que está fazendo, e qual é o seu dever. Não falta os treinos, não se envolve em escândalos e faz a sua parte (até mais que isso) nos campos. Não é a toa que ele é um jogador “multifuncional”. Como ele temos apenas alguns outros… pingados. O resto, segue esse deplorável comportamento “padrão” que o Victor muito bem colocou aí. A impressão que dá é que alguns deles se profissionalizaram não por identificação com o esporte, por vocação, por determinação; mas justamente visando alcançar um status de ostentação e aí quando conseguem entrar pra um time grande, com um bom salário, acham que tá de boa simplesmente “viver como se não houvesse amanhã”.

    O atleta tem responsabilidade… sabe que não precisa se privar de nada, mas deve organizar seu tempo para que possa fazer tudo o que precisa e deseja, ponderando qual o momento mais adequado pra tudo. Disciplina, foco, comprometimento, concentração, maturidade… falta muito ainda pra termos verdadeiros atletas no futebol brasileiro.

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    • Elaine,

      Primeiramente me desculpe pela demora na resposta.
      Adorei sua avaliação e fico realmente feliz que tenha gostado do texto!

      Infelizmente, o que falou é verdade. Raros são os jogadores profissionais.
      Antigamente tínhamos Romário, Renato Gaúcho, caras que não gostavam de treinar, mas tinham comprometimento.

      Hoje, temos garotos saindo das fraldas, que só pensam em jogar na Europa. Não por apreciar um clube e sim pela grana.
      Assim, o talento é deixado de lado, mas a grana continua entrando!

      Grande abraço,
      Victor

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